Por que o Banco Central aumenta ou diminui a taxa de juros?

Olá investidores...

Muitas pessoas nem sabem para o quê serve isso, o que significa ou ainda o que muda em suas vidas.

Saber sobre juros, economia e dinheiro é muito importante. Primeiro para saber administrar o seu orçamento doméstico, segundo para saber se você está pagando caro ou barato sobre algum produto, e quanto vai custar a longo prazo.

Ai muitos vão dizer, mas é só olhar o preço que você vai saber. Isso está correto, não posso negar.

Mas ai eu te pergunto: Caro comparado a que?

Comparado a tempos atrás?

Se compararmos o preço que pagávamos de alguns produtos há 2 ou anos atrás, ai vamos ver que tudo praticamente dobrou de preço.

Então vão dizer: É isso mesmo, tudo ficou mais caro, está muito difícil de comprar coisas.

Mas agora eu te faço outra pergunta:

Mas o custo de produção aumentou também, ou foi somente o preço do produto final que subiu?

Será que foram as empresas que subiram os preços para ganhar mais e prejudicar as pessoas, será que os produtores aumentaram o preço dos alimentos para simplesmente ganhar mais dinheiro?

São muitas as perguntas, mas temos que ter a consciência de que tudo ficou mais, os custos para se plantar subiram, os custos para produzir desde um carro até uma casa foram elevados, tudo ficou mais caro desde a produção até a venda.

Mas o que isso tem a ver com juros?

É simples de sabermos, quanto maior for o juro maior é o preço a se pagar. Mas o que isso interfere na vida das pessoas?

Sabemos que tudo gira em torno do dinheiro. E esse tem um preço, entenda para uma empresa funcionar ela precisa de dinheiro, para as pessoas poderem comprar produtos e serviços, elas precisam de dinheiro. E como estas encontram dinheiro?

As empresas vendendo seus produtos e as pessoas trabalhando, simples assim.

Ok, mas na maioria das vezes as empresas fazem empréstimos bancários para poderem aumentarem a produção --isso chama-se investimentos – as empresas, os produtores rurais pequenos ou grandes, pegam esse dinheiro para poderem oferecer mais produtos a população. Saiba também que pessoas físicas emprestam dinheiro de bancos também, seja para gastos pessoais, como financiamentos.

O banco é detentor desse capital (dinheiro), e o empresta aos que solicitam, mas se ele emprestar         R$ 1.000,00 ele não vai querer que seja devolvido apenas os R$ 1.000,00, qual a vantagem que ele teria sobre isso? O que ele ganharia?

É obvio que ele vai querer um lucro sobre esse empréstimo o famoso juro, e também uma garantir que ele receberá, por isso existe a análise de crédito, ninguém em sã consciência vai emprestar alguma coisa para alguém sem ter garantia que irá receber de volta. Mas como saber a porcentagem de juro a ser cobrado sobre o dinheiro emprestado?

Existe no Brasil o que chamamos de taxa Selic. Ela é quem comanda os juros no país, é por ela que sabemos se as coisas estão caras ou baratas, quanto mais alta ela for, mais caro vai ser o valor pago de juro ao emprestar dinheiro de bancos.

Mas agora vem a questão, então porque o Banco Central, que é quem comanda a taxa Selic, não deixa ela sempre baixa?

Seria uma maravilha, tudo barato, as pessoas podem comprar muitas coisas, o paí acelerado, voando, baixa inflação, é um cenário extraordinário, seriamos felizes.

Agora pense assim, imaginemos que está esse cenário acima, as pessoas consumindo de montão sem pensar no futuro, vivendo o presente imaginando que vai ser sempre assim que isso nunca irá acabar.

Mas eis que então, explode uma pandemia, uma guerra, ou falte algum insumo que é de extrema importância para uma fábrica uma produção rural, e este não pode mais produzir seus produtos. O que vai acontecer é o seguinte, ela vai parar de produzir, não produzindo, não vai vender, não vendendo, não vai receber, não recebendo não será possível honrar com seus compromissos, desde a pagar seus fornecedores até seus funcionários, tendo até que chegar a demitir muitos deles, ou dar férias coletivas.

Os trabalhadores que foram demitidos, vão receber seus direitos, mas este também tem compromissos a serem sanados, como eles reagirão? Vão continuar pagando, ou vão deixar de pagar?

Os bancos vão receber o dinheiro emprestado, ou vão sofrer calotes?

Veja como uma coisa puxa a outra. Em cenário muito acelerado uma freiada brusca pode causar um trauma gigante, a economia do país quebra, imagina quanta gente entrando com pedido de seguro desemprego, será que o governo vai ter condições de arcar com tudo isso?

Será que os produtos ainda continuarão baratos? Obviamente que não, pois quando entra em cenário como este, todos querem garantia que irão receber por seus produtos e serviços, então eles aumentam os preços, porque entra naquele ditado, quem tem mais dinheiro compra, se você quiser é este o preço! Pois como tinha muito era mais fácil das pessoas encontrarem, mas conforme diminui os produtos eles ficando mais difícil de se encontrar estes acabam tendo seu valor elevado.

Sabemos também que quanto mais se procura por algo, mais sobe seu preço também. É a lei da oferta e demanda.

Ai entra o Banco Central, para tentar conter o descontrole das coisas, a chamada inflação.

Como ele faz isso? Elevando a taxa de juros. É simples veja só. Se a taxa de juros for alta, a procura por empréstimos vai cair, porque o dinheiro a ser emprestado vai ficar mais caro, o dinheiro ficando mais caro a procura por ele vai diminuir, diminuindo a procura pelo dinheiro, os investimentos irão ser menores, diminuindo os investimentos a produção cai e assim o ciclo continua.

É claro que tudo isso acima não acontece em dois dias, mas também não é preciso muito tempo para chegar nesse nível. Lembremo-nos do que aconteceu em 2020, a pandemia, quanto tempo foi preciso para acabar com a economia?

Lembremo-nos também que o cenário escrito acima de fartura, onde todos tinham dinheiro, onde os pobres puderam viajar, comer picanha já aconteceu, foi bom enquanto durou, mas estamos pagando até os dias de hoje maio de 2023 aquela conta, onde os governantes da época não souberam administrar as contas e acabou dando no que deu.

Hoje 15/05/2023 o Banco central ainda mantém a taxa Selic elevada, pois vê um cenário desastroso no futuro que não é tão longe, se ele abaixar a taxa.

Infelizmente temos um governo nos dias de hoje que quer voltar no tempo em que esbanjava dinheiro como se nunca fosse acabar (sem contar corrupção) em vez de manter as contas em ordem e ajudar sua população a prosperar ensinando-a e mostrando também que não se pode dar uma passo maior do que a perna.

Naquela época muitas pessoas tomavam dinheiro emprestado de bancos, a realidade é uma só, se você ganha R$ 2.000,00 por mê, como vai conseguir pagar um empréstimo de R$ 10.000,00 que seja, sabendo que ainda tem outras contas para pagar, é claro que isso nunca vai dar certo, é obvio que mais cedo ou mais tarde essa pessoa não conseguirá cumprir com mais esta conta.

Então você está falando que o pobre nunca vai poder ter nada na vida?

Claro que não, todo mundo pode ter muitas coisas que quiser, é claro que umas terão mais que outras.

O que eu quero deixar bem claro é temos que ter consciência sobre nossos atos, temos que trabalhar temos que guardar dinheiro, temos que ser inteligentes, não podemos acreditar em um governo que quer nos dar tudo, que diz que só ele pode ajudar a população, que tudo vem dele. Até porque isso é uma tremenda mentira. Tudo que o governo tem vem do trabalhador e trabalhador são todas as pessoas que trabalham seja nos serviços administrativos ou em chão de fábrica, lavoura etc…

Temos que tirar da cabeça que trabalhador é somente a pessoa que faz trabalho braçal, que fica no sol quente.

O governo deveria ensinar as pessoas, dar conhecimento a população, pois só este tira a pessoa pobre da pobreza. Uma polução sem conhecimento é população pobre, e pessoas sem conhecimento escolhem governantes errados, governantes errados mantém as pessoas sem conhecimento e assim por diante.

Por todos esses motivos escritos acima deveríamos saber o porque que o Banco Central aumenta ou diminui a taxa de juros.

Por: Fernando Henrique Sgrigneiro Ribeiro

Fundador da Escoladoinvestidorff